ESTE SITE É MELHOR VISUALIZADO NO MOZILLA FIREFOX
Luid ama orquídeas
Venham conhecer e participar do mundo fascinante das orquídeas, fiquem a vontade...

Dedico à todos os pais que amam seus filhos: Quero compartilhar com todos, o amor que tenho pelo meu filho e dizer que se vocês têm filhos com aptidões, dons ou talentos, que os mesmos possam ser cultivados, ou sejam, que possam se desenvolver, florescer e dar frutos. Meus agradecimentos a Marcos Bessa (Criador deste) e a todos meus amigos da Secretaria Municipal de Saúde de São João del-Rei. Amo vocês.

Ass.: Rose (Meire)

Não tem o Mozilla Firefox? clique aqui, para baixar.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Pragas e doenças


FOLHAS AMARELADAS podem esconder pragas como pulgões. Remova-as imediatamente com escova de dentes e sabão de coco.

Pragas e doenças atacam as orquídeas por muitos motivos e hoje existem diversas formas de controle e combate de pragas e doenças, naturais ou industrializadas.

O controle adequado de luz, umidade e adubação correta do substrato favorecem o não aparecimento de doenças e pragas. A disposição dos vasos com distância mínima de 20 cm também é aconselhado, para que parasitas não migrem de uma planta para outra.

A esterilização de tesouras e o próprio manuseio de plantas doentes deve ser feito com atenção, para que não se passe doenças para plantas sadias logo depois. Mudas, que são mais sensíveis às doenças, devem ficar separadas de plantas adultas.

Em geral, muita umidade pode trazer problemas crônicos para as raízes, causando seu apodrecimento. O acúmulo de água é também causa da perda e amarelamento das folhas, deixando-as com uma coloração verde-garrafa. É também excesso de umidade que atrai fungos que podem matar uma planta adulta num curto espaço de tempo.

Pragas também são comuns em orquídeas, como os pulgões. Uma planta sob ataque de um pulgão comum, da família dos afídeos (Aphidae), que adora sugar seiva de hastes novas (hastes de Oncidium são um alvo comum), e de botões florais, o que pode acabar com uma bela floração em poucos dias.

Além de danificar as flores, os pulgões podem transmitir certos tipos de vírus, notadamente o OFV (Orchid Fleck Virus). Outras pragas como Lesmas, caracóis, nematóides e conchonilas variadas, que comem as raízes ou atacam as folhas e flores.

No caso de lesmas e caracóis, recomenda-se a retirada manual através de armadilhas de miolo de pão embebido em cerveja ou mesmo cortes pequenos de chuchu. Para retirada completa dos ovos (que medem de 1 a 3 mm) e o restante dos caracóis, deve-se afundar o vaso da planta por uma ou duas horas em água e repetir este processo nas próximas duas ou três semanas seguintes.

Ao comprar uma planta, procure sempre conhecer sua procedência, para não levar para casa uma espécie contaminada por vírus, nematóides, caracóis e fungos, por exemplo.

Se o problema dos pulgões e conchonilhas persistir, tente o uso do fumo de rolo. Ferva 100g de fumo de rolo picado em 1,5 litro de água. Acrescente uma colher de chá de sabão de coco em pó. Espere esfriar e borrife sobre as plantas infectadas. É importante ferver o fumo, pois pode ser portador de vírus.

Luz


AQUÁRIOS complementam a rega por ajudarem a manter os níveis de umidade mais altos. Deixe-os perto de suas orquídeas.

A luminosidade é um fator importante na saúde das orquídeas, que dificilmente toleram exposição direta ao sol. Em regras gerais, orquídeas se adaptam bem na chamada meia-sombra: embaixo de árvores, sob ripados de madeira ou mesmo na varanda ou janela de um apartamento em que não incida sol direto.

Quase todas as orquídeas se desenvolvem em locais onde são protegidas da luz solar direta. Apenas algumas espécies vivem sob sol direto, mas, neste caso, elas são protegidas do vento forte ou constante.

O primeiro passo para fornecer a quantidade ideal de luz a sua planta, é identificar a espécio ou o gênero. Assim você poderá escolher o local mais adequado para fixar ou apoiar a sua orquídea.

Todas as orquídeas se adaptam bem em temperaturas entre 15 e 25 graus centígrados. Entretanto, existem orquídeas nativas de altas latitudes que suportam temperaturas baixas, como as dos gêneros Cymbidium, Odontoglossum, Miltônias colombianas e as nativas de regiões muito elevadas. Geralmente as orquídeas não toleram bem o frio, como espécies nativas da amazônia em que seu habitat natural são pântanos de temperaturas altas e muita umidade (C. áurea, C. eldorado, C. violace, Diacrium, Galeandra, Acacallis).

A intensidade de luz que cada espécie necessita varia de planta para planta. O Dendrobium, por exemplo, gosta de luminosidade em 60% e até mesmo um sol fraco nas primeiras horas da manhã. Outras, como o Paphiopedilum, Miltôneas colombianas e diversas microorquídeas são plantas que não suportam bem temperaturas e luminosidade muito elevadas e devem ficar sempre em condições de sombra.

As orquídeas podem vegetar na sombra, meia sombra, luminosidade intensa e pleno sol (raras exceções).
De modo geral as orquídeas não devem receber luz solar direta, com exceção dos primeiros raios matinais.

Rega


AQUÁRIOS complementam a rega por ajudarem a manter os níveis de umidade mais altos. Deixe-os perto de suas orquídeas.


A Rega num orquidário deve ser moderada e você deve estar sempre atento ao nível de umidade no substrato para cultivar com sucesso a sua planta.

Não há uma fórmula única de rega para todas as orquídeas. No entanto, de acordo com o substrato, você pode adotar algum padrão. Em substratos como a casca de madeira ou a piaçaba, a rega pode ser diária, enquanto as plantas em substrato em pó, podem ser regadas semanalmente.

Orquídeas adoram umidade no substrato, mas não toleram água estagnada no fundo do vaso. Por isto, pires ou pratos debaixo do vaso jamais. O substrato da planta deve estar levemente úmido, mas nunca encharcado.

Água acumulada no fundo dos vasos faz raízes da planta apodrecerem, comprometendo fatalmente sua orquídea. O uso de vasos e placas de fibra de coco (ou xaxim) pendurados em 45 graus facilita a drenagem da água, assim como o uso de pedra de brita de até dois centímetros no fundo do vaso.
Regue com maior abundância durante nos dias quentes. Nas estações mais frias, reduza ou interrompa a rega.

Muita umidade também favorece o aparecimento de fungos e nematóides, que têm a capacidade de entrar em dormência por meses ou até anos nos vasos. Daí a predileção do cultivo de orquídeas em locais arejados.

A água deve ser borrifada de preferência no início da manhã, uma vez por semana se a planta estiver em local úmido. O uso de borrifador é o ideal, pois regadores e mangueiras espirram muita água, passando fungos ou vírus de uma planta para outra e removendo os nutrientes.

Muitas orquídeas conseguem retirar parte das suas nescessidades diárias de água de que precisam do ar. Por isto é uma boa idéia manter orquídeas próximas a aquários, que aumentarão sutilmente a umidade do ar.

Em alguns casos, recomenda-se antes da rega levantar o vaso com cuidado e perceber seu peso, para saber se a rega é necessária ou não. Em plantas presas em placas de xaxim as regas costumam ser mais frequentes, visto que o tempo de secagem da placa é mais rápido.

Poda


Podas e cortes em orquídeas são aplicados apenas para retirada de folhas mortas, secas ou com doenças, podas de hastes florais já secas, divisão da planta ou ainda para retirada de novos brotos (os chamados keikis).

A ferramenta de poda deve ser preferencialmente uma tesoura de jardinagem pequena, sempre esterilizada com fogo a cada novo corte que der numa região da planta.

Para dividir uma planta, cada parte deverá ficar com, no mínimo, três bulbos, tendo-se o cuidado de não machucar as raízes vivas, que devem apresentar pontas verdes, no verão ou inverno para que o corte possa ser feito em condições ideais.

Orquídeas monopodiais, como as vandáceas, têm crescimento vertical e podem atingir metros de altura. Nesse caso, pode-se fazer uma divisão, cortando o caule abaixo de 2 ou mais raízes e fazer um novo replante.

Se a base ficar com alguns pares de folhas, emitirá novos brotos e seguirá seu crescimento normal.

Os eventuais pseudo-bulbos antigos, mesmo sem folhas deve ser preservados, pois ainda armazenam nutrientes necessários para o desenvolvimento da planta.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Cuidados e dicas

CUIDADOS E DICAS

Há 5 fatores que influenciam no crescimento e desenvolvimento das orquídeas:

1. água,
2. luminosidade (artificial ou natural),
3. temperatura,
4. ventilação e
5. adubação.

Qualquer alteração de um desses fatores modifica a correlação entre eles e altera um outro fator ou até mais de um.

REGA

Quase todas as orquídeas têm uma fase de crescimento e uma fase de repouso.
A fase inicial de crescimento se caracteriza pela aparição do broto e das raízes.
A fase de crescimento ativo é o desenvolvimento deste broto em pseudobulbo (caule) e folhas. É nesta fase que a planta precisa ser aguada e adubada com freqüência. Quando o crescimento desacelera, a planta entra na fase de repouso vegetativo e sua necessidade de rega diminui bastante. Depois vem a maturação com formação ou não da flor.
Uma das maiores dificuldades do cultivo é a freqüência da rega. Cada gênero e, às vezes, cada espécie, têm exigências peculiares. De uma maneira geral, rega-se abundantemente até a água escoar pelos furos do vaso e aguarda-se que o substrato (material onde ela está vegetando: xaxim desfibrado, casca de côco, etc.) seque.
Embora esta regra não seja válida para todas, a possibilidade de errar é menor pois é mais fácil matá-las pelo excesso de água do que pela seca. As espécies do gênero Cattleya, as mais populares, precisam deste tipo de rega. Já as espécies do gênero Phalaenopsis, Miltonia, Cymbidium, Paphiopedilum, devem ter o substrato sempre ligeiramente úmido. Uma planta maior, por ter uma área maior de evaporação, exige uma rega mais constante.
Observa-se que diversos fatores vão fazer com que o substrato seque mais depressa ou mais lentamente:

- o seu tipo (xaxim, piaçava, cascalhinho, casca de côco);
- o material e tamanho do vaso;
- a intensidade da luz;
- a temperatura e
- a circulaçãodo ar.

O vaso de plástico ou cerâmica vitrificada vai secar mais lentamente pois não sendo poroso, não há evaporação. O vaso de argila seca mais rapidamente. Uma maior circulação de ar e/ou uma elevação da temperatura fará com que a evaporação se processe mais rapidamente, provocando uma queda de umidade. Não se deve manter os vasos diretamente sobre pratinhos pois a água acumulada impede a oxigenação das raízes e é imprescindível que uma boa ventilação chegue até as raízes. Pode-se colocar pedra brita no pratinho, com um pouco de água, desde que não atinja a base do vaso. Em dias muito quentes, é aconselhável borrifar água em volta da planta, com cuidado para não molhar a junção das folhas. Cultivá-las no mesmo ambiente das samambaias também pode ser um bom recurso para aumentar a umidade ambiental.
Plantas recém divididas também precisam de um regime de rega um pouco diferente. Como suas raízes não têm o mesmo poder de absorção, deve-se limitar a borrifar o substrato durante 3 semanas e só quando começarem a surgir as raízes, voltar a regar normalmente.
As plantas em flor precisam de menos água e depois da floração, é necessário reduzir mais ainda a rega, até que comece a nova brotação e assim recomeçar o ciclo.

LUMINOSIDADE

As orquídeas podem vegetar na sombra, meia sombra, luminosidade intensa e pleno sol (raras exceções).
Em geral, elas não devem receber luz solar direta com exceção dos primeiros raios matinais.
Na sombra, vegetam, entre outras, as micro-orquídeas, Paphiopedilum e Miltonia.
Na meia sombra: Cattleyas, Coelogyne, algumas espécies de Dendobrium, Laelia em geral (exceto as rupícolas, que vegetam nas rochas e que precisam de luminosidade intensa), algumas espécies de Oncidium e a Sophronitis Coccinea.
Na luminosidade intensa: Catasetum, Laelia do tipo rupícola, Cattleyas walkeriana e nobilior, Dendobrium do tipo nobile, Vanda.
Em pleno sol: Vanda teres, Brassavola tuberculata, Renanthera.

TEMPERATURA

As orquídeas de clima quente são aquelas que toleram temperaturas mais elevadas, em torno de 35oC no verão e até picos mais elevados, não se adaptam a temperaturas abaixo de 15oC:
Vandas, Phalaenopsis;
De clima temperado, plantas mais adequadas à temperatura situada entre 15o e 28oC:
Paphiopedilum (com folhas manchadas) , Cattleya, algumas espécies de Dendobrium principalmente o Dendobrium phalaenopsis e algumas espécies de Oncidium;
De clima frio, máxima em torno de 20oC (raramente se elevando a 25oC) e mínima de 0oC:
Cymbidium, Odontoglossum, Paphiopedilum em geral.

ALTITUDE

Espécies e híbridos indicados para cultivo ao nível do mar: Dendrobium tipo phalaenopsis, Renanthera, Vanda sanderiana, Miltonia spectabilis, Vanda tricolor, Cattleya eldorado, aclandiae e guttata, híbridos de Vanda, Ascocentrum, Renanthera.
Para cultivo na serra: Cattleya bicolor, granulosa, intermedia, labiata, Cymbidium, Dendobrium tipo nobile, Laelia anceps, Miltonia candida, Oncidium flexuosum, Paphiopedilum, Sophronitis coccinea.

VENTILAÇÃO

Sobretudo dentro das residências, a ventilação é um ponto muito importante. Sem ela não há possibilidade de se cultivar orquídeas.
Sempre que possível deixar as janelas abertas, o movimento constante do ar é a garantia de saúde das plantas.

ADUBAÇÃO

Durante a fase de crescimento, de uma maneira geral, adubar a cada 15 dias com a fórmula NPK 30-10-10.
Na fase que antecede a floração, aplicar a fórmula fosfatada (NPK 10-30-20).
Estas fórmulas (N = Nitrogênio, P = Fósforo e K = Potássio) correspondem às proporções de cada elemento, eles já são comercializados desta maneira, é suficiente verificar no rótulo, na hora da compra. Eles são encontrados nas lojas especializadas.
Os mais recomendados são : Copas, Dufol, Dyna-gros.

UM POUCO SOBRE A HISTÓRIA DAS ORQUÍDEAS

Supõe-se que a história da cultura das orquídeas tenha começado no extremo oriente, sobretudo no Japão e na China, há cerca de 3.000/4.000 anos. A palavra chinesa para orquídea (lan) já aparece no herbário chinês desde então. Entretanto, não se sabe ao certo quando ela passou a ser cultivada pelo homem e nem se este cultivo foi motivado por razões estéticas ou apenas medicinais.

A primeira referência direta à orquídea encontrada foi feita pelo imperador chinês Sheng Nung, ao dar alguns conselhos sobre o uso do Dendobrium com finalidade medicinal.

Confucius (551 - 479 ac. ) também fez referência ao perfume das orquídeas.

No século 3, um manuscrito chinês de botânica menciona duas espécies que hoje são conhecidas como Cymbidium ensifolium e Dendrobium moniliforme.

Em outros livros chineses, datados de 290 a 370 de nossa era, há referências diretas às orquídeas. Apesar das inúmeras citações também feitas aos gêneros Vanda e Dendrobium, o Cymbidium foi sempre o mais citado dos três.

No ocidente, a referência mais antiga é encontrada em Theophrastus, aluno de Aristóteles, considerado por muitos como pai da botânica. Em seu trabalho denominado "Investigação sobre as Plantas", datado do ano 300 antes de Cristo, ele usa a palavra "orchis" para denominar certas espécies. "Orkhis" é a palavra grega para testículos e apesar dele ter sido o primeiro a mencionar, possivelmente não foi o primeiro a observar a semelhança entre as raízes de certas orquídeas terrestres (que vegetam sobretudo nas zonas temperadas da Europa) e os testículos. Ainda hoje estas espécies são conhecidas pelo mesmo nome (Orchis maculata, simia, mascula, spectabilis) e dele derivou o nome de toda família: "Orchidaceae".

No primeiro século depois de Cristo, um médico grego de nome Dioscórides, que serviu como cirurgião do exército romano, reuniu informações sobre 500 plantas medicinais, entre elas duas "orchis", em um trabalho intitulado "Materia medica".

No período que vai de 960 a 1279 (Dinastia Sung), muitas monografias e tratados sobre estas plantas foram elaborados na China.

Com a descoberta de novos mundos, outros gêneros de orquídeas (principalmente as epífitas) , até então desconhecidos, passaram a fazer parte do universo europeu, que só conhecia as "orchis" terrestres.

Antigas inscrições astecas falam de como a fava da Vanilla era usada pelos seus ancestrais para perfumar a bebida feita a partir do cacau. Os Maias também a utilizavam.

Os colonizadores espanhóis foram responsáveis pela introdução da utilização da fava, na Europa.

Em 1552, no "Manuscrito de Badianus", pela primeira vez na literatura do Ocidente foi mencionada uma orquídea originária do novo mundo, a "Vanilla". Este primeiro estudo sobre a flora da América do Sul. informava que ela era usada como especiaria, como perfume e sob a forma de poção, indicada para se ter uma boa saúde.

Em 1597, foi publicado o "Herbário de Gerard" (John Gerard - 1542/1612), onde as orquídeas são denominadas Satyrion feminina pois acreditava-se que elas seriam alimento dos sátiros e que seus excessos eram por elas provocados.

Em 1688, John Ray, em sua "História do Plantarum", descreveu a Disa uniflora, a mais bonita orquídea da África do Sul.

Em 1712, Englebert Kaempfer, médico alemão, num trabalho denominado "Amoenitatum exoticarum" citou, pela primeira vez, uma orquídea oriental.

Em 1728, aparece o primeiro livro publicado no Japão sobre orquídeas: "Igansai-ranpin".

Em 1735, Carl Von Liné (Linnaeus), botânico sueco, estabeleceu a primeira classificação coerente das plantas (nome genérico seguido do nome específico) além das linhas de desenvolvimento dos seres vivos e das leis da evolução. Em seu trabalho denominado "Genera Plantarum" ele utilizou a palavra "Orchidaceae" (derivada de "Orkhis") para denominar toda a família das orquídeas. Suas obras abririam mais tarde o caminho para os estudos de Darwin. Em 1763, ele publicou um outro tratado com centenas de espécies diferentes mas as classificou todas como Epidendrum.

Em 1768, a segunda edição do "Dicionário do Jardineiro", de Miller, fala das orquídeas, mas também as trata de Epidendrum, nome dado na época a todas as espécies tropicais.

Em 1772, Matsuoka publicou um livro em chinês, que provavelmente era uma tradução do "Igansai-ranpin" japonês, onde são citadas seis orquídeas.

Em l830, John Lindley (botânico e taxonomista). fez a primeira classificação das orquídeas. Ele escreveu diversos livros sobre plantas mas foram seus trabalhos sobre orquídeas que mais lhe renderam fama, sobretudo "O gênero e espécies das plantas orquidáceas". Ele deixou um livro inacabado mas que é ainda assim considerado um clássico da botânica, "Folia Orchidacea".

Darwin, em 1862 publicou "The Various Contrivances by which Orchids are fertilized by Insects". Foi a primeira contribuição essencial para o conhecimento e compreensão das estratégias empregadas na propagação das espécies.

Em 1887, Lewis Castle publica o livro "Orquídeas: sua estrutura, história e cultura".


O Brasil e o
estudo de suas espécies

Em 1906, foi publicado o volume III da "Flora Brasiliensis", a primeira grande obra dedicada exclusivamente às orquídeas brasileiras e inclui descrição das plantas e apresentação de desenhos. A coleção (40 volumes) foi iniciada por Von Martius, diversos cientistas trabalharam em sua conclusão e coube a Cogniaux completar o estudo sobre as orquídeas que contou com a colaboração de Barbosa Rodrigues que cedeu seus desenhos e aquarelas.

É preciso registrar a importância do trabalho de Barbosa Rodrigues (1842-1909). Além de ter sido um importante botânico e respeitabilíssimo diretor do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, ele deixou um legado muitas obras científicas nos mais diferentes campos (arqueologia, entomologia, zoologia, botânica e história) e também aquarelas e desenhos onde ele aliava o rigor científico a um agudo senso artístico.
Os originais de suas aquarelas, recuperados pela Universidade da Basiléia, Suíça, foram publicados em 2 volumes ( "Iconographie des Orchidées du Brésil"), depois de 6 anos de pesquisas, de trabalho e de longas negociações diplomáticas. São 380 aquarelas documentando 700 espécies de orquídeas e que ficaram praticamente inéditas durante 100 anos. Infelizmente das 1.000 obras resta apenas menos da metade.

No século passado, muitos estudiosos brasileiros e estrangeiros também deram sua contribuição ao conhecimento das espécies brasileiras. Rolfe, Porsch, Kraenzlin, Schlecther, Loefgren, Brade, Campos Porto.

Em 1935, Porto e Brade publicaram um índice abrangendo todas as espécies novas e alterações de l907 até 1932 (Revista Rodriguesia, Tomo II.


História do cultivo das
orquídeas tropicais no Ocidente.


Segundo alguns estudiosos, a primeira orquídea tropical a ser cultivada na Europa foi uma espécie das Bahamas, do gênero Bletia (Bletia verecunda) e floresceu em 1732, na Inglaterra. Outros indicam como sendo a Brassavola nodosa, no século XVII, na Holanda.

No século XVIII, foram introduzidas na Europa várias espécies trazidas da China e das Antilhas e em 1794, 17 espécies estrangeiras já eram cultivadas no Jardim Botânico Real de Kew, na Inglaterra.

Em 1805, Robert Brown descobriu que as orquídeas tropicais eram epífitas mas a crença de que elas seriam parasitas persistiu por muito tempo e ainda hoje muitas pessoas continuam acreditando nisto.

Só a partir de 1818, o cultivo da orquídea começou a ser realmente difundido na Europa, quando William Cattley conseguiu fazer florir uma Cattleya labiata cujos bulbos chegaram até ele entre as folhagens que foram usadas para embalar um carregamento de plantas vindas do Brasil.

O século XIX foi tomado por uma verdadeira mania de orquídea tropical e elas alcançaram preços astronômicos. Missões eram enviadas aos trópicos para buscarem orquídeas para um público ávido de consumi-las. Muitos habitats foram destruídos para que o preço delas não baixassem e para que a espécie colhida ficasse cada vez mais rara. Muitas orquídeas morriam no transporte pois não se fazia a menor de idéia de como elas deveriam ser transportadas nem como deveriam ser cultivadas.

No mesmo século, alguns cultivadores passaram a se interessar em obter informações dos viajantes coletores de plantas sobre o habitat das orquídeas para, a partir daí, começarem a desenvolver uma técnica de cultivo mais adequada às espécies epífitas.

Joseph Paxton, jardineiro de 7o Duc de Devonshire, estimulado por John Lindley e baseado nestas informações melhorou as condições de ventilação, rega e umidade. Em 1830, ele foi o primeiro a utilizar estufas separadas para espécies de climas diferentes.

Talvez pelo fato das plantas ocuparem um lugar importante no estilo de vida inglês e ser a Inglaterra, por esta razão, um país cheio de jardins, foi lá que se deu o grande interesse por estas belíssimas e até então desconhecidas orquídeas. Durante este século, a Inglaterra permaneceu como sendo o principal país importador, seguida da Holanda e da Bélgica.

Cientistas, botânicos, jardineiros e coletores de plantas tiveram a partir desta época, seus nomes ligados a estas plantas:

John Lindley (Gênero: Lindleyella, Neolindleyella, Espécies: Barkeria lindleyana, Cattleyopsis lindleyana, Maxillaria lindleyana, Epindendrum Lindleyanum, Odontoglossum lindleyanum, Sobralia lindleyanum, Bulbophyllum lindleyanum);
Loddiges (Catlleya loddigesii);
Skninner (Cattleya skinneri);
Gould (Laelia gouldiana);
Sander (Vanda sanderiana, Paphiopedilum sanderiana);
E muitos outros.

Até o fim do século XIX, a germinação das sementes das orquídeas era um mistério. Em 1899, um biólogo francês, de nome Noël Bernard, examinando umas plântulas no microscópio, percebeu, com surpresa, a presença de filamentos envolvendo suas raízes: um fungo, identificado mais tarde, como Rhizoctonia. A partir de suas observações publicou-se diversos estudos descrevendo a natureza e o papel desempenhado pela associação orquídea-fungo na germinação das sementes. Seu trabalho, resultado de 10 anos de pesquisa, foi publicado em 1909 e explicava a associação entre as orquídeas e o fungo (micorriza). Foi um grande revolução na cultura das orquídeas e seu trabalho abriu caminhos para novos estudos.

O alemão Hans Burgell prosseguiu com os estudos e elaborou um outro método também utilizando a cultura de fungo para fazer germinar as sementes. Mas em 1922, a fórmula de Lewis Knudson (cientista americano) suplantou todas as outras. Utilizando uma gelatina estéril contendo sais minerais e açúcares, podia-se reproduzir em laboratório os mesmos efeitos do tal fungo, possibilitando a germinação . Outras soluções foram desenvolvidas, algumas bastantes eficazes mas a maior parte é baseada no método de Knudson.

Com a Primeira Guerra Mundial, devido à carência de combustível para manter as estufas, muitas coleções foram perdidas. Nas Américas, inclusive nos Estados Unidos, onde não ocorreu esta carência, o interesse pela orquídea foi despertado e diversos viveiros foram criados em todos os continentes sobretudo nas áreas tropicais. Houve grande progresso na hibridização de orquídeas que passaram a ser cultivadas em maior escala.

Em 1960, Professor George Morel, outro botânico francês, descobriu uma maneira de obter centenas de espécies idênticas a partir de uma só planta mãe, através da cultura meristêmica, sem haver necessidade de recorrer à germinação da semente. Trata-se de um método difícil que necessita de muitos equipamentos e só pode ser executado em laboratório. Obtêm-se mudas a partir da cultura do meristema ou mesmo de uma ponta da folha. Meristema é um tecido vegetal cujas células se multiplicam de forma rápida e intensa, é uma bolinha de aproximadamente 1mm de diâmetro, localizada no interior da gema.

Como conservar




Infelizmente, no Brasil e outras partes do mundo, o cultivo e comércio de orquídeas nativas teve como prática o extrativismo. Aliado à destruição de seus habitat naturais, muitas espécies desapareceram ou foram levadas à beira da extinção. Para mudar este cenário, é urgente o estabelecimento de uma conduta conservacionista que seja seguida por indivíduos e instituições.
Hoje, as orquídeas são facilmente reproduzidas artificialmente em laboratório a partir de sementes, geralmente atingindo a maturidade em dois a quatro anos. Espécies raras e ameaçadas vêm sendo reproduzidas com sucesso por alguns estabelecimentos.

Importância Econômica

As orquídeas são geralmente cultivadas pela beleza, exotismo e fragrância de suas flores. Embora seu cultivo venha da época de Confucius (c. 551 - 479 a.C), a sua comercialização teve início na Europa no final do século XVIII. Hoje, uma indústria moderna envolve centenas de milhares de dólares anualmente em todo o mundo, sobretudo na Ásia, Europa e Estados Unidos.
Algumas orquídeas são comercializadas não por sua beleza, mas devido ao uso na alimentação humana. A mais importante para a indústria é a baunilha, como são conhecidas algumas espécies do gênero Vanilla, largamente utilizadas na aromatização de bolos, sorvetes, balas e doces. Outro exemplo é o Salepo, um líquido turvo, rico em mucilagem e de sabor adocicado, extraído das raízes tuberosas de algumas espécies. Por muitos séculos, na Pérsia e Turquia, vem sendo utilizado no preparo de uma saborosa bebida quente e também como espessante para sorvetes. Alguns atribuem propriedades medicinais ao Salepo, que usualmente é empregado no tratamento da diarréia e como afrodisíaco.

Orquídea, sexo e magia


Diz a lenda que bruxas usavam as raízes tuberosas das orquídeas (semelhantes a testículos humanos) no preparo de poções mágicas: as frescas para promover o amor, as secas para provocar paixões.
Os herbalistas do século XVII chamavam-nas de Satírias, em referência ao deus Sátyros, da mitologia grega, habitante das florestas, que, segundo os pagãos, tinha chifres curtos e pés e pernas de bode. Na língua portuguesa, a palavra sátiro também é sinônimo de devasso, libidinoso. De acordo com a lenda, Orchis, filho de um sátiro com uma nínfa, foi assassinado pelas Bacantes, sacerdotisas de Baco, deus do vinho. Graças às preces de seu pai, Orchis teria sido transformado em uma flor, que agora leva o seu nome: orquídea.
Desde a Idade Média, as orquídeas são populares por suas supostas propriedades afrodisíacas. Preparados especiais utilizando as raízes tuberosas e folhas carnosas de algumas espécies foram tidas como estimulantes sexuais e até mesmo capazes de auxiliar na produção de bebês do sexo masculino. Tornaram-se assim, sinônimo de fertilidade e virilidade.

Tipos de crescimento



As orquídeas apresentam dois tipos de crescimento: simpodial, com brotação lateral, e monopodial, com crescimento terminal em único eixo.

Em muitas orquídeas simpodiais, o caule pode ser constituído por uma porção rasteira, o rizoma, e uma porção vertical engrossada, o pseudobulbo.

Nas monopodiais, o caule é alongado, não existe rizoma ou pseudobulbos.
 

adaptado by MABLOGS - (32) 8813-7017 e-mail: mabsamba@gmail.com